Lembras-te daquelas longas horas que passaste no LimeWire, navegando por álbuns gratuitos e descarregando filmes icónicos dos anos 2000? Pois bem, o serviço de partilha de ficheiros está a regressar – mas desta vez, sob a forma de um mercado NFT.
A plataforma desativada está passando por uma renovação criptográfica, graças a dois empreendedores na Áustria que adquiriram recentemente os direitos do LimeWire. Paul e Julian Zehetmayr planejam relançá-la sob uma nova empresa, a LimeWire GmbH, sem conexão com a equipe anterior. Segundo a Bloomberg, os irmãos acreditam que o renomado nome da plataforma despertará nostalgia entre os jovens da geração Millennial/Gen-Z.
Julian destaca que o LimeWire não competirá com os serviços de streaming, mas servirá como uma opção extra para os artistas comercializarem suas músicas e obras de arte exclusivas diretamente aos colecionadores e interagirem com seus fãs mais fiéis. Ele ressalta o objetivo de proporcionar aos artistas total liberdade e controle sobre seu conteúdo.
Como uma plataforma que hospedava uma grande quantidade de downloads ilegais, LimeWire se tornou um ponto de discórdia para a indústria musical e os artistas envolvidos.
LimeWire foi fechado em 2010 devido a uma extensa disputa legal com a Recording Industry Association of America por violação de direitos autorais, culminando em uma ordem judicial permanente contra a empresa. A questão foi resolvida com um acordo fora dos tribunais no valor de $105 milhões entre o ex-CEO da LimeWire, Mark Gorton, e diversas empresas de gravação.
Os desenvolvedores responsáveis pelo novo LimeWire reconhecem a conturbada história da empresa, mas acreditam que a combinação da nostalgia com a base criptográfica trará uma nova vida ao LimeWire. Eles implementaram medidas de segurança, como a inclusão de verificações rigorosas de lavagem de dinheiro e a contratação da empresa de contabilidade EY para supervisionar todas as atividades.
O lançamento do site está previsto para maio, e já existe uma fila de espera para receber notificações sobre o início das operações. As vendas serão feitas em dólares americanos, sem a necessidade de ter uma carteira de criptomoedas. Isso significa que os itens colecionáveis poderão ser adquiridos diretamente com cartão de crédito, transferência bancária e outros métodos de pagamento.
“Nosso objetivo é eliminar todos esses desafios e tornar mais acessível a participação das pessoas, enquanto também proporcionamos uma plataforma empolgante para os especialistas em criptomoedas”, afirma o co-CEO Paul.
Os criadores estão colaborando com artistas para desenvolver material exclusivo, que vai desde tokens únicos não inflacionáveis até coleções mais amplas. Além disso, será dada importância à comunidade e à comunicação, com a exploração de novas formas de interação dos artistas com seus fãs.
Que bom ter o LimeWire de volta. Mais ou menos.
Assunto: Moeda digital